Na efervescente cidade de Alexandria, em 415 depois de Cristo, uma figura brilhante e corajosa emerge: Hiátia de Alexandria. Em um tempo marcado por desafios e preconceitos, Hiátia é uma luz que se destaca por sua sabedoria em astrologia, ciência e astronomia. Seu conhecimento a coloca em conflito com uma sociedade que, ainda hoje, continua lutando para libertar-se das amarras do passado.

O filme “Alexandria” retrata esse período histórico, em que a mulher é alvo de perseguição por sua busca incansável por conhecimento. Hiátia é acusada de bruxaria, pois sua mente brilhante ultrapassa os limites impostos às mulheres de sua época. Aqueles que a veem como objeto apenas reforçam a tentativa de assassinar, mais uma vez, sua memória e suas conquistas.

Naquela era, as ferramentas eram limitadas, mas o pensamento e a natureza eram seus maiores aliados. Através de retóricas, questionamentos e discussões, Hiátia se eleva, buscando conectar o divino que está fora de si e trazendo à luz os mistérios do cosmos.

A mensagem que ressoa através da trajetória de Hiátia é clara: eleve dentro de si a centelha divina que nos conecta ao universo. A salvação reside na consciência, e essa jornada é única e individual. Cada um de nós oferece sua própria luz, e aqueles que desejam se unir a essa luz têm a oportunidade de encontrar o conhecimento e a verdade que lhes são oferecidos.

Mudança genuína não é imposta ou forçada, mas sim abraçada por meio da busca sincera pelo autoconhecimento. Nem mesmo o todo-poderoso Deus pode ser usado como uma ferramenta para salvar o mundo, pois a transformação real começa dentro de cada indivíduo.

Através do legado de Hiátia de Alexandria, somos inspirados a olhar para dentro de nós mesmos e a buscar nossa própria centelha divina. Que suas lutas e conquistas continuem a nos guiar, desafiando-nos a elevar nossa consciência e a compartilhar a sabedoria que possa iluminar o caminho da humanidade.

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