A Umbanda é uma religião brasileira que combina elementos do espiritismo, do candomblé, das tradições indígenas e do catolicismo. Surgida no início do século XX, é considerada uma das mais sincréticas e inclusivas manifestações religiosas do Brasil, com grande diversidade de práticas e crenças.
A história da Umbanda remonta ao início do século XX, em meio ao contexto de intensas transformações sociais e culturais no Brasil. Nessa época, houve uma forte repressão ao candomblé e à prática da religião africana devido ao preconceito e à intolerância religiosa. Com isso, surgiu a necessidade de uma nova forma de manifestação religiosa que fosse mais tolerada pela sociedade.
Os praticantes da Umbanda acreditam em uma hierarquia espiritual que inclui os Orixás, os Caboclos, os Pretos-Velhos, os Exus e as Pombagiras, entre outros. Os Orixás são divindades africanas associadas a diferentes aspectos da natureza e da vida humana, cada um com características e atributos específicos.
A seguir, alguns dos principais Orixás da Umbanda e suas representações:
- Exu: É o mensageiro entre o mundo espiritual e o mundo físico. É um Orixá ambivalente, representando tanto o bem quanto o mal, dependendo de como é cultuado.
- Ogum: Orixá guerreiro, ligado à luta, ao trabalho e à tecnologia. É também o protetor das estradas e dos viajantes.
- Oxóssi: Orixá associado à caça, à fartura, à natureza e à sabedoria. É considerado o protetor das matas.
- Xangô: Orixá da justiça, do equilíbrio, do fogo e da pedreira. Representa o poder e a autoridade.
- Iansã: Orixá dos ventos, das tempestades e das paixões. É também associada à força feminina.
- Oxum: Orixá das águas doces, do amor, da beleza e da fertilidade. É considerada a protetora das gestantes.
- Iemanjá: Orixá dos mares e das águas salgadas, simbolizando a maternidade, a proteção e a generosidade.
- Nanã: Orixá mais velha, associada ao lodo dos rios, à lama e à ancestralidade. Representa a sabedoria e a transição entre a vida e a morte.
É importante ressaltar que a Umbanda é uma religião inclusiva e aberta, aceitando pessoas de diversas origens e crenças. Seus rituais envolvem cantos, danças, oferendas e trabalhos mediúnicos, buscando a harmonia entre o mundo material e o mundo espiritual, e a busca pelo crescimento espiritual e a caridade para com o próximo.